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O que é Síndrome Metabólica?

Quais são os sintomas e as causas da Síndrome Metabólica?

Em primeiro lugar, é importante ter em mente que a Síndrome Metabólica é uma dessas doenças silenciosas, o que a torna ainda mais perigosa. Não é como a gastrite que faz seu estômago doer. A síndrome metabólica não dá sinais, vai se instalando aos poucos, sem que o paciente perceba essa evolução.[1]Caterson I, et al. Gaps to bridge: Misalignment between perception, reality and actions in obesity, Diabetes Obes Metab 2019; 21(8): 1914–24.

A síndrome é uma mistura de diferentes sintomas, sinais e efeitos e não se apresenta sozinha como doença, portanto, é necessário reunir uma série de fatores de risco para se ter um diagnóstico definitivo.[2]Bray G, et al. Obesity: a chronic relapsing progressive disease process. A position statement of the World Obesity Federation, Obesity Rev 2017; 18(7); 715–23.

Como já mencionamos, tudo começa com a resistência à ação da insulina, gerando uma incapacidade do organismo em se regular e equilibrar a produção de energia com o gasto diário. Infelizmente, isso não gera nenhum sintoma imediato que possa desencadear algum tipo de alerta.[3]Casazza K, et al. Myths, Presumptions, and Facts about Obesity.N Engl J Med 2013; 368:446-454

A lista de critérios para a definição e diagnóstico da doença é a seguinte:

  • Circunferência abdominal maior que 88 cm (mulher) e maior que 102 cm (homem).
  • Triglicerídeos acima de 150 mg / dL.
  • Colesterol HDL abaixo de 50 mg / dL para mulheres e abaixo de 40 mg / dL para homens.
  • Pressão arterial acima de 130 x 85 mmHg.
  • Glicemia em jejum superior a 100 mg / dl.

Se você leu esta lista e se identificou em pelo menos três desses pontos, é muito provável que tenha desenvolvido uma síndrome metabólica, mas somente um médico especialista, após solicitar alguns exames e com base nos resultados, poderá fazer o diagnóstico final.

Causas

Muitos são os fatores que podem desencadear a doença, desde excesso de peso ou cintura larga (acúmulo de gordura), até uma dieta inadequada, alterações nos parâmetros de pressão arterial, glicemia (açúcar), triglicerídeos, colesterol, sedentarismo, distúrbios do sono, estresse e até mesmo alguns medicamentos que podem facilitar o ganho de peso ou causar alterações em seu corpo.[4]Australian Institute of Health and Welfare 2017. Impact of overweight and obesity as a risk factor for chronic conditions: Australian Burden of Disease Study. Available … Continue reading

Embora o acúmulo de gordura abdominal seja uma das principais características da doença, a resistência à insulina também pode ser desenvolvida por pessoas magras, o que elimina a possibilidade de um diagnóstico puramente visual. Você pode ter uma “barriga de cerveja” ou “maçã” e não ter a síndrome metabólica, assim como o inverso também pode ser possível.[5]Casazza K, et al. Myths, Presumptions, and Facts about Obesity.N Engl J Med 2013; 368:446-454

Em todo caso, é preciso deixar claro que, isoladamente, cada uma dessas alterações aumenta o risco de agravos mais sérios à saúde. Por isso, reforçamos o conceito de que consultar médicos especialistas é sempre a melhor forma de prevenir ou tratar a síndrome metabólica.

Referências[+]

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